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A agência internacional de classificação de risco Standard & Poor´s manteve nesta segunda-feira (23) a nota de crédito do Brasil. O país segue, assim, com o chamado grau de investimento (selo de bom pagador).
A S&P acredita que a presidente Dilma Rousseff manterá o apoio ao ajuste fiscal promovido pela equipe econômica e que as medidas de austeridade ganharão eventualmente o suporte do Congresso.
Com isso, na avaliação da agência de risco, a credibilidade do governo será "gradualmente restaurada", pavimentando o caminho para um crescimento mais robusto da economia a partir do ano que vem.
A nota de crédito do Brasil em moeda estrangeira foi mantida em BBB- e a de curto prazo em A-3.
"A S&P era uma das agências que mais preocupavam, pois é aquela segundo a qual o Brasil está apenas um grau acima do especulativo [com elevado risco de calote]. Se a S&P rebaixasse o país e fosse acompanhada de mais uma agência, uma série de fundos que são obrigados a investir em países com grau de investimento seriam forçados a retirar seus investimentos do Brasil", afirma Fabio Lemos, analista de renda variável da São Paulo Investments.
Para Lemos, a manutenção do grau de investimento do país pela S&P deve ter sido motivada por alguma informação do governo envolvendo o balanço auditado da Petrobras.
"Sem isso, o governo poderia ter que capitalizar a empresa, o que prejudicaria o ajuste fiscal prometido", diz.
Diante do rebaixamento da nota da Petrobras pela Moody´s em fevereiro e a dificuldade do governo em aprovar o pacote de ajuste no Congresso, o governo passou a temer que a nota de crédito do país sofresse algum corte.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, havia sido escalado pelo Palácio do Planalto para tentar demover a Moody´s do rebaixamento da Petrobras, mas não obtera sucesso.
A decisão do governo foi intensificar a ofensiva nas demais agências, sob o argumento de que o ajuste em curso trará efeitos concretos nas contas da União e na trajetória da dívida pública.
Em nota, a S&P afirmou que a presidente Dilma Rousseff enfrenta um cenário político e econômico desafiador com queda aguda em seus índices de aprovação, contração da economia e investigações de corrupção na Petrobras.
Mas que, numa mudança em relação a política desenvolvida em seu primeiro mandato, determinou um pacote de ajustes para recuperar a credibilidade perdida com os investidores.
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